30.9.04


Na SEGURNET alastra um fenómeno estranho que afecta alguns clientes de uma seguradora nacional: desaparecem apelidos que constavam nos ficheiros das seguradoras onde esses clientes estavam colocados (antes de serem corridos por excesso de sinistros ou por falta de pagamento). Fala-se no virus 'finta ao sistema', um perigoso problema informítico provocado pela ânsia do telefonista virtual em concretizar objectivos de vendas. Uma interpretação mais benévola sugere que os nomes dos clientes problemáticos são alterados sem outra intenção que não a de reduzir o tamanho dos ficheiros...

ESPÍRITO SANTO

Duas companhias do Grupo Espírito Santo foram distinguidas pela revista Exame como as melhores do país.
A Tranquilidade foi a primeira classificada, o que não nos surpreende e confirma o acerto da nossa própria selecção.
Por outro lado, o BES foi designado como o melhor banco português por uma autoridade internacional na matéria.
A quem restem dúvidas, basta decifrar os sinais...

27.9.04

PARTICIPAÇÃO SINISTRA

Se havia dúvidas que há quem veja nas companhias de seguros uma espécie de Santa Casa da Misericórdia, uma recente participação de sinistro da Igreja Católica holandesa esclareceu os mais cépticos.
De acordo com o Diário de Notícias, a Igreja Católica holandesa participou um sinistro no âmbito da sua apólice de Acidentes de Trabalho colocada na Aegon. Trata-se de um abuso sexual praticado por um padre e respectivas consequências legais. Um abuso sexual, repito, que a Igreja Católica holandesa considera legítimo enquadrar juridicamente como um acidente de trabalho.
A Aegon, e muito bem, recusa o pagamento de uma indemnização com base em tal pretexto, até porque se abriria o precedente para uma aberração. Mas existe a possibilidade remota de os tribunais aceitarem a reclamação dos lesados.
Como se comenta um absurdo destes sem ofender a susceptibilidade de algumas pessoas? Com um silêncio ensurdecedor...

22.9.04

AXA NO VENDAVAL

A filial americana da companhia francesa AXA terá sofrido perdas avultadas na sequência da passagem dos furacões Charley, Frances e Ivan. Embora não tenha sido divulgado o montante das perdas, a A.M Best Co 'despromoveu' a AXA no seu ranking. É um indicador preocupante para o grupo AXA Re. E azarado, pois o grupo francês já havia anunciado em 2003 a sua estratégia de abandono progressivo do mercado americano.
Agora, talvez soprem mais fortes os ventos da retirada...

21.9.04

SABER NÃO OCUPA LUGAR

Para saber o essencial acerca de seguros sem perder muito tempo, visite este espaço do Centro Comercial Consumerista. Linguagem simples e directa, com um resumo do que é mais importante saber para um leigo.

18.9.04

EM OUTUBRO É A DOER

Relegue-se para segundo plano a discussão acessória se é correcto o caminho do castigo em detrimento do da prevenção, até porque interessa focar o interesse no ponto fulcral: a chacina nas estradas têm mesmo que acabar.
A partir de Outubro entram em vigor as coimas a sério para os prevaricadores. Destacamos apenas algumas, mas esperamos que sejam as suficientes para reconsiderar o seu comportamento na condução.

Velocidade superior em 60 Km/h ao limite dentro das localidades ou em 80Km/h fora das mesmas: 500 a 2500€.

Mais de 1,2 g/l de álcool no sangue: 2500€ mais dois anos de PRISÃO.

Estacionamento nas passadeiras passa a contra-ordenação grave: inibição de conduzir entre 1 mês e 1 ano.

Desrespeito por sinal de stop ou semáforo: inibição de conduzir entre 2 meses e 2 anos.

Transporte de crianças sem sistema de retenção: 120 a 600€ de coima.

Uso de telemóveis sem kit de mãos livres ou auricular: inibição de conduzir (entre 1 mês e 1 ano) mais 120 a 600€ de coima.

Falta de inspecção periódica: entre 250 e 1250€

E a terminar, uma que nos diz directamente respeito.

Circulação de veículos sem seguro: coima de 500€ (cem contos) a 2500€ (quinhentos contos).

E os requintes de 'crueldade' associados: ou paga na hora ou poderá ver apreendido de imediato o veículo e para recorrer da decisão terá que depositar o valor da coima prevista, passando a apenas 15 dias o prazo de defesa e regularização das coimas de pagamento diferido. A partir de dia 1. Do mês que vem...

16.9.04

NÚMERO DE CONTRIBUINTE

Passou a ser obrigatória a indicação do número de contribuinte à sua seguradora. É o que diz o Dec.-Lei 150/2004 e não vale a pena fazer batota porque os sistemas dão logo pelo logro.
Agora que já sabe, se é nosso(a) Cliente mande-nos por email, por fax, por telefone ou em pessoa, logo que possa. E se não é, mande-nos na mesma e pode ser o início de uma excelente relação comercial.

14.9.04

CARTA VERDE ASSINADA?

Um dos mais recentes rumores que nos chegam a propósito de exigências na papelada é o de que as autoridades exigem que os condutores mantenham a carta verde assinada. Há até quem afirme ter sido multado por esse facto. Custa-nos a crer.
De facto, consta no referido impresso uma chamada de atenção que diz o seguinte: este certificado só é válido quando assinado pelo Tomador do Seguro. Parece inequívoco quanto ao que implica. Porém, nenhuma seguradora o exige. Aliás, nenhuma seguradora invocaria a falta de assinatura numa carta verde para negar a validade de uma apólice!
Ou seja, a ser verdade estamos perante mais um excesso de rigor. E dos que podem custar caro às pessoas, considerando o hábito que muitos temos de deixar os documentos no carro, pois oferece de bandeja a nossa assinatura a eventuais ladrões para que possam mais facilmente falsificar documentos de compra e venda.
Daí, a nossa posição pessoal é a de não assinar o papel e a nossa recomendação profissional é de que cada um saberá de si. Só reafirmamos que desde que se cumpram os pressupostos óbvios (pagar o recibo, comunicar as alterações, etc.), o funcionamento prático do seu seguro automóvel em nada depende da dita assinatura.

13.9.04

PSIQUIATRIA PENAL

De acordo com o Insurance Journal, um psiquiatra do estado de Nova Iorque pode ser condenado a quinze anos de prisão devido a uma acusação de fraude contra seguradoras. O montante que o doutor Psaila (75 anos de idade) terá obtido rondará o milhão de dólares, com base num esquema de facturação fraudulenta no âmbito de seguros de saúde. A condenação deverá ainda implicar o fim da licença para exercer a medicina, embora seja pouco provável que o réu saia da cadeia em condições para relançar a carreira.
Quando as penas em Portugal se aproximarem das praticadas nos E.U.A., os números da fraude certamente diminuirão...

10.9.04

RECURSOS A TER EM CONTA

Embora nos problemas da actividade seguradora sejam mais as vozes do que as nozes, existem no nosso país alguns mecanismos eficazes para resolver problemas que possam surgir.
No CIMASA pode contar com uma atitude firme e determinada. No ISP pode contar com o Estado e com tudo o que isso representa. E ainda conta, enfim, com a DECO ou com o Instituto do Consumidor.

Considerando a elevada percentagem de pessoas que acaba por tirar a carta de condução na idade adulta, e por conseguinte terão que enfrentar as estradas ao volante de um veículo automóvel, porque não se torna obrigatória a disciplina de Prevenção Rodoviária nas escolas deste país para prevenir o futuro em matéria de sinistralidade?

8.9.04

AO EXPOENTE DA LOUCURA

Dia 7 de Setembro de 2004, pelas 23:00 horas. Bastante movimento, como de costume naquela via a qualquer hora, tempo chuvoso, junto ao Aeroporto de Lisboa. Na faixa central, sentido sul-norte (Benfica-Sacavém), um veículo trava de repente e inicia uma manobra de marcha atrás. Dos condutores que se cruzavam na mesma via, estupefactos, nem se esboçava uma reacção. Limitavam-se a evitar o pior.
O comportamento do condutor, aparência de quarentão, e do seu cúmplice sentado no banco do pendura justificava-se por terem passado a entrada para o estacionamento do bar O Avião. Estariam atrasados para a performance das show girls...
Dia 6 de Setembro de 2004, pelas 13:00 horas. No Prior Velho, um Cliente desta agência farta-se de esperar numa fila de trânsito e inicia uma manobra de inversão de marcha para ir em busca de uma alternativa. Um indivíduo que circulava em contramão apanha-lhe o carro pelo meio, danos de tal ordem que é quase certa uma perda total.
Agosto de 2004, de manhã. Um Cliente desta agência descia a Avenida Alfredo Bensaúde em direcção ao Entreposto, na faixa da esquerda. Um autocarro de passageiros, vindo da faixa mais à direita (e são três), embate-lhe na traseira da viatura e provoca um despiste aparatoso. Com o carro partido ao meio, o nosso Cliente daria entrada nos Cuidados Intensivos de uma unidade hospitalar. Na traseira do autocarro, outro veículo destruído e uma senhora também a caminho do hospital.
São apenas três exemplos da fúria destruidora que se instalou no asfalto de Lisboa, como nos do resto de Portugal. São sinais preocupantes da falta de bom senso generalizada que nos faz ganhar medo de andar na estrada e ameaçam todos os dias a integridade física de uma boa parte da população.
Insistimos por isso nesta tecla tão gasta: por si e pelos outros, controle os seus impulsos e abrande o ritmo do sua estrutura de metal com rodas. Quando os fabricarem em borracha, todos poderemos então acelerar...

6.9.04

ASSOCIAÇÃO DE QUEM?

Descobrimos a nova imagem do site da APROSE, a associação de classe mais representativa dos mediadores de seguros. A imagem é nova, mas a representatividade (quase inexpressiva) e as ideias não mudaram.
Esta organização, que não representa de forma alguma os mediadores da nossa agência e os respectivos interesses, arvora-se de representar mediadores profissionais, independentes e responsáveis. E salienta o facto de não incluir neste grupo os agentes exclusivos porque se entendeu que relativamente a estes mediadores as características de independência e profissionalismo não se verificam.
Aliás, este filtro da elite da mediação (leia-se esta associação de corretores) assume que enveredou a dada altura por uma política semelhante à do consumo mínimo no bares para garantir a saida dos mediadores menos profissionais, ou seja: estabeleceu uma quota impossível de suportar pelos agentes com menor dimensão para assim expurgar o seu clube de milionários de eventuais vozes dissonantes. Trata-se, no fundo, de uma associação de fachada que representa na prática os interesses de um grupo restrito de pessoas que se entretêm a organizar eventos inócuos e que pouco ou nada defendem a generalidade do sector.
Esta conclusão é extraída com base em duas realidades: os factos escritos que acima reproduzimos na íntegra ou linkamos e a prática corrente, da qual apenas algumas escassas centenas de profissionais beneficiam.
Em quase vinte anos de actividade seguradora, pouco nos interessaram as nuances da APROSE e continuariam a nada interessar. Porém, a arrogância com se permitem enquadrar os agentes exclusivos (boa parte dos melhores de que o mercado dispõe) num contexto menor só se explica pelo receio de que sejam estes (os mais fortes e habilitados para o efeito de entre os não corretores) a destronarem sem apelo a dinastia de suprasumos que inviabiliza um associativismo digno desse nome.
A APROSE não possui legitimidade para proceder a distinções entre os profissionais do sector e se o quer fazer deverá refundar-se como ANCOSE e deixar aos agentes o caminho livre para uma representação digna desse nome.
A alegada independência de muitos agentes não exclusivos pode encobrir uma selecção das seguradoras em função das contrapartidas financeiras que estas lhes ofereçam ou de protocolos fechados que lhes permitam aviar seguros em série, sem nada a ver com os interesses legítimos dos consumidores. Por outro lado, quando um agente abraça a exclusividade (expondo-se de antemão às suspeitas que uma qualquer APROSE pode levantar em relação à sua independência) é porque tem a certeza de escolher a melhor seguradora do país na sua perspectiva e, naturalmente, a mais habilitada a servir melhor os seus Clientes e a sua própria estrutura comercial.
Ao enveredar pelo caminho do elitismo e da arrogância, a APROSE está apenas a criar as condições para que a falta de paciência dos agentes visados venha a resultar na criação de uma alternativa mais actuante e acessível a todos os profissionais do sector. Que já peca por tardia, considerando o exemplo que citamos.

OUTRAS FONTES

Este blogue é apenas uma das fontes de informação acerca de seguros que a nossa agência mantém. Se precisa de saber mais, em linguagem acessível, dê uma vista de olhos no site institucional da Ultraser, no site comercial para particulares ou no nosso espaço informativo.

1.9.04

SEGURNET

Muitas pessoas desconhecem a existência da nova base de dados da actividade seguradora e as respectivas implicações.
A Segurnet é um ficheiro que engloba, entre outros aspectos, o currículo dos segurados em matéria de sinistros, faltas de pagamento e fraudes. Sempre que alguém se vê contemplado num destes parâmetros aumenta substancialmente as suas hipóteses de não encontrar uma companhia disponível para lhe segurar uma viatura.
Por isso mesmo, é de todo conveniente evitar ver-se incluído neste filtro dos indesejáveis para este negócio, sob pena de cair na alçada das regras do jogo em matéria de recusas na aceitação.
Recorde-se que quando um seguro automóvel é recusado, resta ao respectivo proprietário recolher um mínimo três recusas por escrito junto de outras tantas seguradoras, competindo ao Instituto de Seguros de Portugal obrigar uma delas a aceitar o seguro (apenas o obrigatório e nada mais, com um preço em conformidade com o cadastro do candidato a cliente e com as reservas naturais de um contrato imposto e nada bem vindo a quem o tiver que aceitar).